No dia primeiro de janeiro eu publiquei o texto da minha retrospectiva de 2021 aqui no blog, Para minha surpresa, recebi o seguinte comentário no texto:
Desculpa Felipe por não ter te apoiado, não tá do seu lado, não dá suporte emocional e nem fazer parte da sua história. Eu sou uma inútil mesmo.
Virginia Moreira
De fato eu acredito que tenha cometido um erro em não citar a minha sogrinha nos agradecimentos, e é sobre isso que se trata esse texto.
Todo dia, por volta das 17hs, sobe o cheiro de café na casa da dona Virgínia. Geralmente acompanhado por tapioca, bolo ou pão, tudo sempre muito caprichado. A mesa posta, quase sempre o que vem em seguida é um sonoro “Tomar café amor ande”, esse é o sinal de que na mesa de vidro da sala conjugada com cozinha americana, está servido não só o café, mas também muito amor e carinho.
Dona Virgínia é quase uma entidade. Uma força da natureza. Não tem problema que ela não resolva e não tem tempo ruim que ela não melhore. Ela faz de tudo, ela dá conta de tudo e ela ajuda todo mundo. Todas as vezes que precisei dela ela sempre esteve lá, para resolver algum problema ou só para fazer companhia na hora das refeições. Sempre esteve muito presente na minha vida desde que entrou nela. Eu sei que pode parecer clichê, mas passa longe de ser exagero: Minha sogra é como uma segunda mãe para mim.
Ela criou 4 filhos sozinha. É provavelmente a pessoa mais forte, mais resistente e mais destemida que eu conheço. Não existe nada que derrube essa mulher, nada que faça ela tremer na base, nada que ela não enfrente. Como se não bastasse, é uma excelente dançarina (É sério, ela faz aula de dança quase todo dia, se garante demais). Dona Virgínia é uma prova viva de que quem carrega o mundo nas costas são as mulheres, e ela ainda faz isso de salto alto e dançando forró porque desafio pouco pra ela é brinquedo. Sou muito grato por todo amor, carinho, preocupação, apoio, cafés e comidas que ela tem me dado com tanta devoção.