Todas as cartas na mesa

Voltei pra terapia. Estive esperando o resultado de uma seleção de mestrado para poder decidir alguns planos para 2025. Pois bem, entrei no mestrado em ciência da computação no IFCE. Já sabendo do potencial catastrófico que isso vai ter nas minhas inseguranças e somada a outras já persistentes. Resolvi voltar para a terapia em uma frequência quinzenal. É sempre bom ter um espaço seguro para explorar as caraminholas da cabeça. Depois de 1 ano e 5 meses sem publicar nada, aqui estamos novamente. O conteúdo segue o mesmo, é caraminhola pra todo lado!

Sem mais delongas, com vocês.

O luto depois de 4 anos

Impossível pensar em um retorno do blog e não começar por aqui. A minha história agora se parte em dois momentos, antes e depois da pandemia. Em 2021 a COVID-19 levou dois moradores da casa onde moro, primeiro foi um tio com quem convivi praticamente a vida inteira. O segundo foi meu pai, exatamente 30 dias após o meu tio.

Os dois anos seguintes após a perda do meu pai foram completamente caóticos. Olhando agora com uma certa distância, acredito que tenham sido os piores anos da minha vida.  Nesse período a casa não só passou por um duplo luto, como precisou se preparar para um terceiro. Depois da morte do meu tio, a saúde da minha vó se esvaiu tal qual a areia de uma ampulheta, completando seu percurso em abril de 2023.

O último ano de vida da minha avó foi marcado pela internação domiciliar. Nos meses finais da sua trajetória, nós tivemos praticamente uma UTI em casa, com rotina de enfermeiros quase 24hs e aparelhos de suporte de vida dentro do quarto, com cama hospitalar, tanque de oxigênio e tudo mais. Foram dois anos lidando com as burocracias da morte de duas pessoas e dando suporte aos momentos finais de uma terceira.

Eu tenho uma lembrança muito amarga na minha cabeça, da noite em que a minha vó morreu, eu lembro da raiva que eu senti por já saber o que fazer. Eu sabia exatamente os trâmites formais pra despachar um corpo. Ainda não tinha dado tempo de esquecer como tinha sido com o meu tio e o meu pai. 

A casa tinha 7 moradores, sendo eu e mais 6. 3 morreram em um período de dois anos, entre 2021 e 2023. O que significa que já vai fazer 4 anos desde que meu tio e meu pai se foram e 2 anos desde que a minha avó se foi. Esses 6 moradores eram o meu núcleo familiar mais próximo, e metade foi levado pela pandemia ou em decorrência dela. 

Gosto de pensar na vida das pessoas como históricas mitológicas, cada uma com seus heróis, momentos épicos e monstros. Dentro da minha mitologia pessoal, essas 6 pessoas estão no que seria o mito fundador da minha existência. Perder parte do seu mito fundador vai ser sempre um golpe brutal direto na alma. É realmente ter que redescobrir como existir no mundo.

Claro que hoje as coisas estão bem mais tranquilas, mas eu estaria mentindo se eu dissesse que estão resolvidas. Ainda sou atravessado pela sensação de que o mundo inteiro parece um erro sem o meu pai estar nele, como se estivéssemos vivendo em uma grande falha da matrix. O livro que ele estava lendo quando faleceu ainda está marcado. Ele fica na minha mesa de trabalho, do lado do meu notebook e estou olhando pra ele agora enquanto escrevo. Marcado na página 33 com um canhoto de jogo do bicho. Em julho vai fazer 4 anos e ainda não tive coragem de desmarcar.

Meu pai estava com 66 anos quando faleceu, eu tinha 30 anos. Se eu viver até os 61 anos de idade, significa que vou passar a maior parte do tempo aqui na terra sem o meu pai do que com o meu pai. Basta que eu viva o mesmo tempo que o meu pai pra ter passado mais tempo sem ele do que com ele. A quantidade de vezes que eu já refiz esse cálculo na minha cabeça passa bem longe de ser algo saudável.

Meu pai era um cara inteligentíssimo, mas como muitos da geração dele, foi completamente cooptado pela rede de fake news e realidade paralela da extrema direita, o que nos leva a nossa próxima pauta.

O caos sócio-político-econômico-espiritual em que nos encontramos

Meu pai morreu acreditando com todo o coraçãozinho dele que todo médico ganhava R$ 19.000,00 para cada atestado de óbito de COVID-19 que emitia. Essa era apenas uma das teorias conspiratórias que ele acreditava e defendia fielmente. Embora tenha falecido em 2021, a sensação que tenho é de que nós já havíamos perdido ele para uma realidade paralela pelo menos desde 2018.

Alguns analistas políticos defendem que esse levante atual dessa extrema direita bizarramente tresloucada e conspiratória tem sua origem no atentado de 11 de setembro de 2001, nos Estados Unidos. Esse acontecimento reverberou de forma muito brutal no pensamento médio dos americanos, fazendo com que até pessoas progressistas fossem empurradas para uma visão de mundo cada vez mais à direita.

Essa semente do mal foi plantada justamente no período em que a internet avançava para uma massiva popularização. Toda nova mídia sempre tem mais potencial de massificação do que a anterior. A televisão tinha muito mais potencial de massificação do que o rádio, o rádio tinha muito mais potencial de massificação do que o jornal impresso e assim por diante. A mídia da vez é a internet, a mais massiva de todas até então, que graças ao poder computacional naturalmente imbricado em sua natureza, possui poder suficiente para criar bolhas de informação completamente blindadas da realidade. O suficiente para se criar realidades paralelas. 

Voltamos ao meu pai, que acreditava que a COVID-19 era um plano da China para obrigar as pessoas a tomarem vacinas que continham nano chips capazes de exercer controle mental nos vacinados. Uma vez ele recebeu uma imagem no zap, uma suposta foto de uma política da esquerda com uma suposta tatuagem de anti cristo no braço. Uma montagem tosca em um nível tal, que eu simplesmente não sabia nem como argumentar. Ele não tinha bagagem sequer para entender que aquilo era uma montagem tal mal feita que parecia piada, mas para ele foi o suficiente. Para ele, ficava cada vez mais claro que a esquerda é o mal encarnado na terra. 

A extrema direita brasileira é composta hoje por 4 pilares principais:

Militarismo +

Burguesia Latifundiária (agronegócio) +

Conservadorismo cristão (incluindo algumas igrejas evangélicas neopentecostais e algumas congregações católicas de renovação carismática) +

Burguesia Financeira (bancos e grandes rentistas)

Esses 4 grupos comumente possuem interseções. Então é possível, por exemplo, um grande latifundiário que também é um grande rentista, ser também evangélico. Que o militarismo e as diferentes grandes burguesias (com um adendo de que aqui no Brasil praticamente não temos mais burguesia industrial), sempre tendem a direita, isso não é nenhuma surpresa. A ideologia neo liberal que atualmente sustenta o sistema capitalista pertence a esses grupos. No entanto, a chegada de um cristianismo totalmente neo liberalisado é que nunca para de surpreender de formas cada vez mais horrendas.

Essas bolhas informacionais criadas dentro da internet, agora são blindadas com o discurso divino. É como se o capitalismo tivesse conseguido comprar um deus que no momento é justamente o Deus com D maiúsculo do cristianismo. Uma tecnologia social de blindagem de discurso. A muleta argumentativa do “somos o povo de Deus, logo Deus está do nosso lado”, tem sido usada para sustentar as mais variadas maluquices e atrocidades. Um Deus que agora possui um lado dentro de um sistema social e político. Uma tecnologia social que é capaz de moldar inclusive as tecnologias digitais. Não tem como isso dar certo.

Pensar em como vencer essas bolhas de desinformação e conspiração atualmente é basicamente se perguntar como vencer Deus.

O caos sócio-político-econômico-espiritual que eu sou

Quando eu estava no terceiro ano do ensino médio, em longínquo 2008, fiz o bom e velho teste vocacional. O resultado foi:

Todas as profissões. Precisamos conversar.

Eu sempre tive uma insistência em me interessar por tudo. Uma inquietação quase espiritual por entender como tudo funciona, uma inquietação tão grande que pode ser vista tanto como uma benção como uma maldição. Como se algo estivesse o tempo inteiro chamando para entender pelo menos alguma coisa sobre tudo, e se possível tentando ainda conectando tudo o existe com tudo o que se sente. Soma-se a isso um certo nível de atrevimento imaginativo (que alguns podem chamar de pensamentos intrusivos) e tem-se a minha cabecinha. 

Lembro da primeira vez que eu me deparei com o termo ligação neuronal. Por algum motivo eu interpretei como ligação neuro anal, e por conta disso eu passei algum tempo pensando que o cérebro era composto por filas e filas de neurônios fazendo sexo anal. Cada um sempre dando o cu pro que estava atrás e comendo o cu do que estava na frente. Eu realmente achei que a maior tecnologia já criada pela natureza era uma intrincada suruba anal de células. Em tempo, hoje eu sei como funciona uma ligação neuronal.

Desde que me entendo por gente, não houve uma ferida que eu não quisesse medir em escala milimétrica, e ainda não conheci nenhum deus que eu não quisesse ver sangrar. Se eu pudesse, catalogaria todas as variáveis existentes no universo. Tentaria equacionar tudo e chegaria em uma teoria geral de tudo. Eu sei que pode parecer bizarro, mas eu demorei para entender que um cérebro humano não consegue dar conta disso tudo.

A ideia de uma conexão geral de tudo sempre foi tão forte na minha cabeça, que a primeira vez que alguém me disse para não levar algo pro coração eu quase tive um infarto. Me pareceu completamente, absurda, ridícula e estapafúrdia a ideia de que algo não passasse pelo coração. Algo acontece e esse algo não passa pelo coração, o coração será retirado da realidade com o intuito de não lidar com a realidade. Eu nunca descobri como isso funciona. Hoje eu entendo que existem pessoas que conseguem, mas eu não consigo. Vocês entenderam não é? EU NÃO CONSIGO!

Eu resolvi chamar toda essa aporrinhação de juízo de visceralidade infinita. Convivo constantemente com uma visceralidade infinita. Agora vamos voltar ao ponto inicial deste tópico. Como diabos uma cabeça assim escolhe uma profissão?

Passei por 4 graduações na minha vida: Administração de Empresas (UFC), Sistemas e Mídias Digitais (UFC), Engenharia Mecatrônica (IFCE) e Matemática (UECE). Dessas, me formei apenas em Sistemas e Mídias Digitais (SMD). Talvez esse seja o curso da UFC que mais consegue equilibrar arte e ciência. Um curso que é uma verdadeira salada mista, excelente para cabeças saladamistadas.

Em outras palavras, eu não escolhi profissão nenhuma, eu literalmente sai testando na base da tentativa e erro. SMD apenas calhou de condensar uma quantidade muito grande dos assuntos que me interessavam. Olhando em retrospecto, se não fosse o SMD, talvez eu nunca tivesse conseguido me encaixar em alguma graduação.

Agora imagine  o meu caos sócio-político-econômico-espiritual se deparando com o caos sócio-político-econômico-espiritual em que nos encontramos atualmente. Pensou? Pois partindo desse ponto, gostaria de dar 2 centavos de opinião que ninguém pediu sobre:

O caos

Façamos o seguinte exercício de imaginação. Imagine o nosso mundo, mas que de alguma forma não existisse a materialidade. Um mundo em que não existissem bens, e nós só precisaríamos nos preocupar com as pessoas. Nessa realidade, um sistema igualitário não precisaria mais se preocupar em distribuir as mesmas oportunidades de acesso material para as pessoas. Um sistema igualitário dessa realidade olharia apenas para os acessos de afeto, amor, carinho e cuidado. Todos teriam iguais possibilidades de acesso à afeto. No entanto, esse mundo funciona ainda com regras iguais às do nosso. Nessa realidade, quem se propusesse a lutar por uma sociedade em que todos tivessem as mesmas oportunidades de afeto, necessariamente cairia dentro de uma luta anti-sistêmica. 

E que sistema é esse que teria que ser combatido? Aqui você poderia encaixar o que você quiser, sistema capitalista, sistema patriarcal, sistema racial. Toda a nossa tecnologia de organização social hoje NÃO foi feita para que as pessoas tenham as mesmas oportunidades de afeto. 

Alguém pode questionar o motivo de excluir a materialidade como premissa nesse raciocínio, pois a materialidade não se separa da realidade. De fato, esse exercício de imaginação que proponho é muito mais poético do que científico. O meu ponto de excluir a materialidade é justamente evidenciar o quanto ela distorce a  realidade. Ao ponto de uma pessoa pobre defender todo o sistema que o oprime pela simples esperança de uma possibilidade de ascensão socioeconômica. Sendo esse modelo agora reforçado dentro das igrejas, uma fé totalmente cooptada pelo capitalismo e embalada dentro do conceito de teologia da prosperidade.

Dentro da minha visão de mundo hoje. Uma das coisas mais violentas já produzidas pelo homem, é justamente o conceito do deus único. Uma entidade cuja condição de existência é a não existência dos seus pares, é uma violência sem precedentes na história da humanidade. Uma ideia que no decorrer dos milênios já foi usada para justificar todo tipo de barbárie. Um conceito que se encaixa cada vez mais em um sistema econômico que sempre prioriza uns finge que os outros não existem. Por mais que existam algumas pessoas em algumas igrejas que fazem trabalhos sociais que realmente fazem a diferença, no longo prazo eu não vejo como seja possível sair algo de bom do conceito do deus único.

Não é como se eu fosse descrente. Não tenho intenção nenhuma de me opor a espiritualidade ao a um plano espiritual. Uma vez que não seja possível estabelecer quem está certo, as chances de todos estarem errados, é a mesma de todos estarem certos. Então eu meio que estou sempre aberto a tudo. Hoje sou capaz de ver santidade em Maria da mesma forma que vejo santidade em Buda. Já frequentei centro espírita, missa, culto, terreiro e vivência de ayahuasca. Em parte por estar perdido, mas também por estar sempre tentando entender tudo. Não sei o quanto essas duas coisas se retroalimentam.

Se você achasse a lâmpada mágica, daquelas tem um gênio dentro, e o gênio te concedesse 3 desejos, quais desejos você pediria?

A primeira vez que eu me deparei com essa pergunta, eu era adolescente, devia ter entre 15 e 16 anos mais ou menos. Na época eu só fiz dois pedidos. Curiosamente, até hoje eu nunca fiz um terceiro desejo.

O meu primeiro desejo foi que as pessoas pudessem estudar o que elas quisessem  sem precisar depender de dinheiro, sem precisar depender de preocupação se o que elas estão estudando tem futuro mercadológico. Que as pessoas fossem livres para estudar o que elas quisessem e não precisassem se preocupar se aquilo lhe dava sustento ou não. Isso sempre me atravessou muito, porque como o meu teste vocacional já apontava vários anos atrás, eu iria viver uma vida em que a minha mente vaga por muitas áreas.

Como você já deve ter percebido, sempre gostei de fazer muitas coisas diferentes, e me meter em linguagens novas. É muito comum as pessoas passarem a vida inteira numa mesma linguagem, não que isso seja um problema, mas a tal da visceralidade infinita não me deixa ficar em uma área só.

O meu segundo pedido na época foi que eu não vivesse o suficiente para ver meus pais morrerem. Por algum motivo eu tinha muito medo de perder meus pais durante a adolescência. Só depois de um tempo que percebi a delicadeza desse pedido . Porque para que eu não veja os meus pais morrerem, significa necessariamente que os meus pais iriam me ver morrer. Mantive esse desejo durante muito tempo, mas depois entendi que era muito egoísmo da minha parte, então o abandonei.

Fiquei só com o primeiro pedido. Passei alguns anos da minha vida só com o primeiro. Mas hoje posso dizer que tenho um segundo pedido novamente.

Centro Cultural Bom Jardim e a Escola de Cultura e Artes

Em um texto que se propõe a dar um panorama geral do meu juízo, é impossível não falar do meu local de trabalho nos últimos 3 anos. Lembro de um dia aleatório que saí do banheiro que fica exatamente em frente a entrada do teatro. Me deparei com alguém totalmente paramentado com figurino, aparentemente se preparando para entrar em cena meio de surpresa pela mesma porta que o público entrou no teatro. O figurino parecia muito uma mistura de um rei medieval com um bobo da corte. As calças eram de um veludo vermelho bufante, com aqueles sapatos de pano que o bico dá uma volta. Passei, dei boa noite e a pessoa também deu boa noite. Não faço a menor ideia qual era a apresentação, mas lembro de ter pensado: eu amo essa aleatoriedade, é tão caótico quanto a minha cabeça.

Cheguei no Centro Cultural Bom Jardim (CCBJ) em setembro de 2022. Totalmente atravessado pela pandemia, pelo luto e por esse caos sócio-político-econômico-espiritual. As eleições para presidente aconteceriam no mês seguinte. Tudo era turbulência. Eu cheguei ali completamente quebrado. Desolado. Desesperado. Cheguei ocupando a função de assistente do Ambiente Virtual de Aprendizagem (AVA), da Escola de Cultura e Artes (ECA). Cheguei já maravilhado com a proposta da escola.  

A Escola de Cultura e Artes é revolucionária, em um sentido não só político, mas também político. Em seu coletivo, a ECA é um movimento pedagógico em constante ebulição, pautado na tensão criativa que valoriza os saberes populares e ancestrais, onde corpo, afeto, presença e memória são compreendidos como fundamentos pedagógicos de uma educação verdadeiramente democrática e descolonizadora. Um laboratório vivo de novas práticas pedagógicas, que se articula pela e para a periferia. Sustentar uma proposta assim, significa necessariamente entrar em uma luta anti sistêmica, e portanto, revolucionária.

A escola me trouxe uma grande epifania, a urgência de uma revolução afetiva. A revolução social que precisamos, não é só uma revolução de acessos materiais. É também uma revolução nos acessos a amor, carinho e cuidado, e é aqui que entra o meu novo segundo desejo da lâmpada.

O primeiro desejo ainda é de viver em um mundo que os interesses de aprendizado não estivessem pautados pela lógica de mercado. Agora novamente tenho um segundo desejo, que resolveria um problema já mencionado alguns parágrafos atrás. Seria o desejo de viver em um mundo em que todas as pessoas tivessem as mesmas oportunidades de acesso à afeto. Em outras palavras, que nenhuma pessoa do mundo faltasse afeto. É impossível pensar em uma revolução afetiva uma vez que para uma grande parte da população isso é negado desde sempre.

Curiosamente eu nunca cheguei a fazer um terceiro desejo, estou com 34 anos na data de escrita desse texto e até agora não achei o terceiro desejo. Para os que chegaram até aqui na leitura, fica o convite para que você deixe um comentário no final do texto, falando quais seriam os seus 3 desejos se achasse a lâmpada mágica.

Para finalizar

O mestrado além de não ser fácil, ainda é difícil. Tenho adorado tudo que tenho visto e aprendido até agora, embora o nível seja pesadíssimo.

A terapia tem sido como falar para o abismo e ouvir o próprio eco, por algum motivo que eu não sei explicar, ouvir esse eco realmente ajuda a enxergar e entender as delicadezas da vida e de si mesmo.

Tenho dançado pouco por conta do mestrado, mas nunca paro, só vou parar de dançar quando vestir o terno de madeira.

Ariane retornou do intercâmbio no dia 19 desse mês, está passando uns dias aqui em casa e estamos bem.

Eu tive uma fase durante a pandemia de escrever poesias, coisa que nunca entendi pois nunca fui adepto de poesia, mas o fato é que tem mais de 50 já publicadas aqui no blog. Estou me organizando para fazer uma publicação compilando todas elas. 

Já depois da fase das poesias, entrei em uma pira de desenhos livres, também não faço ideia de qual abismo psíquico vem a inspiração para esses desenhos, mas o fato é que eles têm vindo. Vou ficando por aqui e deixo vocês com uma galera dessa nova caraminhola:

One Comment

  1. Sim. Confirmo. Estamos bem! Sou Ariane, a tal…
    Sobre os três desejos, deixa eu pensar…
    Sobrevivermos ao aquecimento global, diminuir nossa sobrecarga de trabalho e sermos menos compulsivos.
    Pode ser que amanhã eu já tenha outros desejos para se juntarem a estes, mas por enquanto, é isso!
    Se juntasse todos os desenhos daria uma bela tatuagem. Original, no mínimo.

Deixe um comentário

O seu endereço de email não será publicado. Campos obrigatórios marcados com *