Dói muito mais do que deveria, sinto saudades muito mais do que gostaria e penso em você muito mais do que poderia. Na verdade eu nem queria chamar isso aqui de carta de amor, mas depois que escrevi e li ficou meio ridículo chamar de outra coisa. Me sinto meio idiota de ter ficado assim tendo rolado só uma vez, mas tem gente que fica assim sem ter rolado vez nenhuma né? Então talvez eu não seja tão bobo assim, mas só talvez. Acho que o “problema” foi a afinidade intelectual. Hoje em dia tenho mais “medo” da afinidade intelectual do que da afinidade sexual. Quando as duas coisas estão juntas o resultado é potencialmente catastrófico. É um furacão e um terremoto ao mesmo tempo. Não que não tenha tido afinidade sexual também. Muito pelo contrário. Teve, foi maravilhoso e fiquei sedento por mais. O único ponto negativo é que a minha principal playlist de kizomba agora virou uma espécie de campo minado de desejo. Algumas músicas quando começam a tocar me transportam direto para aquele dia. Talvez eu precise ir atrás de músicas novas.
Preciso deixar registrado aqui também aquele baile que a gente não parava de se olhar. A imagem de você dançando com outras pessoas e virando completamente o rosto pra olhar pra mim é tanto cômica como muito doce na minha memória. Obviamente eu só reparei porque também fiquei o tempo inteiro olhando pra você. Toda vez que a gente se abraça pra dançar, cada minuto parece que é um romance inteiro com início, meio e fim. Não sei como cabe tanta história em um só abraço.
Talvez essa carta esteja parecendo um tanto melancólica, mas não tô assim não. Estou feliz com a decisão que tomamos. Estou feliz por você. Desejo de coração que você esteja sendo muito feliz com o boy. Se possível gostaria inclusive de conhecê-lo e quem sabe até possamos ser amigos. Torço com todas as forças pela sua felicidade, você merece ser feliz. Fica bem e vê se não some 🙂