O orgasmo impossível

Eu estava no ônibus indo em direção ao meu querido Dragão do Mar. O ônibus estava relativamente vago, assim que passei pela catraca, percebi um rapaz com cabelo black power bem armado do lado direito. Quando passei por ele, olhei disfarçadamente como quem não quer nada. Para minha surpresa ele também olhou, mas acho que só por observar a movimentação. Mais uma vez, usei toda a perícia do meu corpo para tentar prolongar aquele golpe de vista, o suficiente para conseguir extrair o máximo de informação visual possível, mas breve o suficiente para ele não ter certeza que eu era maluco. O menino era lindíssimo. A pele brilhava e aparentava ser extremamente macia. O nariz largo, as mãos enormes e os lábios super grossos. Tive a ligeira impressão de que ele usava brilho nos lábios, pois brilhava ainda mais que sua pele. Ele usava uma calça e uma blusa bem frouxas e super coloridas e um chinelo de couro. Apesar das roupas frouxas, era possível perceber um físico atlético, mas sem ser musculoso como um bodybuilder. Aparentava ter uns 20 anos de idade. Sentei em uma cadeira um pouco mais a frente da dele, do mesmo lado, na esperança de ter a chance de olhar mais um pouco para ele quando ele se levantasse. 

Ele desceu duas paradas antes da minha. Passou por mim mas não olhou, vendo-o de pé, era possível perceber que tinha mais ou menos a minha altura, os ombros eram largos e o trapézio era bem definido. Quando desceu, olhou rapidamente para a janela e nossos olhares se encontraram, para o meu constrangimento. Acho que ele percebeu que eu estava olhando. Tinha a esperança de encontrá-lo pelas redondezas do Dragão do Mar naquele dia, mas nunca mais o vi. Pelo menos não no mundo real.

Naquele mesmo dia, quando me deitei para dormir, foi inevitável não pensar nesse rapaz. Cheguei a ensaiar uma punheta desejando-o, mas estava cansado demais e acabei desistindo e dormindo pouco depois que deitei. O que aconteceu em seguida foi um dos sonhos mais loucos que tive na vida. Era noite, eu estava em uma rua super movimentada com pessoas de várias nacionalidades diferentes, havia vitrines com pessoas nuas dançando, letreiros em neon indicavam uma variedade enorme de sex shops, prostíbulos e bares. O cheiro de marijuana dominava a rua. Lembrava muito o Red Light District em Amsterdã, mas algo parecia completamente fora da realidade, como se o cheiro da cannabis arrastasse minha mente para um estado de alteração da consciência, senti como se minhas pupilas estivessem semi dilatadas e todos os estímulos visuais estivessem estourados. Havia um constante, embora muito baixo, som de ruído de fundo parecido com uma televisão analógica fora de sintonia. Meus movimentos estavam mais lentos e quase podia ver rastros dos meus próprios movimentos no ar.

Percebi que estava em frente a um lugar com um enorme letreiro neon que dizia “Casa dos Sabores”. Imediatamente senti que era ali que eu deveria estar. O piso era quadriculado e logo na entrada havia um balcão circular. No balcão havia uma atendente negra, com cabelo raspado, brincos enormes, um visor laranja nos olhos que parecia exibir algumas informações e um batom cinza metálico. Ela vestia um blazer feito de um material muito peculiar que parecia plástico da mesma cor que o batom. Fui em direção ao balcão, sem que eu falasse nada ela disse.

– Você ficará com a cabine A-7, vou lhe acompanhar.

Apenas obedeci e segui. Quando ela se levantou, percebi que ela estava com uma saia tipo tubinho e um salto alto da mesma cor e do mesmo material que o blazer. Entramos em um corredor largo que havia logo atrás do balcão. Do lado esquerdo havia as cabines A e do lado direito as cabines B. Numeradas em ordem crescente a partir da entrada, de modo que a A-1 ficava em frente a B-1 e assim por diante. Em cima de cada cabine havia uma luz, algumas estavam acesas na cor vermelha e outras na cor verde, provavelmente indicando quais estavam vagas e quais estavam ocupadas.

Ela abriu a cabine com uma chave que não consegui perceber em que momento ela pegou. Abriu a porta e fez sinal para que eu entrasse primeiro. Entrei e ela veio logo atrás de mim. Bem no meio da sala havia uma cadeira em couro preto muito parecida com a cadeira de dentista. Pendurado no teto, preso por inúmeros fios, havia um capacete metálico muito peculiar, era grande o suficiente para cobrir toda a cabeça até a altura do nariz. Ao lado da cadeira havia uma garrafa de água fechada. A recepcionista abriu uma caixinha que mais uma vez não vi de onde ela tirou, dentro da caixinha havia uma pílula vermelha. 

– Você pode tomar a pílula e se deitar em seguida. A garrafa de água é para você.

– Só tem a vermelha? Cadê a pílula azul? – Questionei sabendo exatamente de onde vinha aquela referência.

– Aqui só temos a vermelha. – A recepcionista respondeu e abriu um grande sorriso, mas sem mostrar os dentes.

Abri a garrafa de água, tomei a pílula e me sentei. Ela ajustou o capacete em mim rapidamente. Fazia poucos segundos que estava com o capacete, quando senti ser tragado pela cadeira. O ruído de televisão analógica fora de sintonia aumentou absurdamente até ficar insuportável. Durante alguns segundos não consegui puxar o ar. Não consegui sequer perceber se a recepcionista havia saído da sala. De repente o ruído parou de uma vez, meus pulmões se encheram de ar e eu abri os olhos. 

Estava em um quarto chiquérrimo, deitado em uma cama enorme. O piso era de madeira, a parede do lado direito da cama era completamente espelhada, no teto bem em cima da cama também tinha um espelho circular, a parede atrás da cama era completamente coberta por uma grossa cortina branca que ia do chão ao teto, a parede em frente a cama tinha uma lareira, coisa que eu nunca tinha visto pessoalmente, a parede do lado esquerdo da cama tinha a única porta do quarto, uma porta enorme de madeira lustrosa e cheia de entalhes. Era praticamente um quarto de motel, mas sem frigobar. 

Eu estava completamente nu. Meus movimentos agora estavam normais, sem vulto e sem lentidão. O ruído na minha audição também desapareceu. De algum modo eu ainda me sentia alterado, mas um alterado diferente, senti mais precisão nos movimentos, como se de algum modo eu tivesse ganhado mais consciência corporal. Minha visão também parecia mais nítida. Eu ainda estava tomando consciência da situação quando a maçaneta da porta girou lentamente fazendo barulho. Senti um frio na espinha. Não fazia ideia do que aconteceria em seguida.

Eis que ele surge. O rapaz do ônibus. Completamente nu. A pele e o cabelo pareciam ter luz própria de tanto brilho. Toda a musculatura exibindo definição bem marcada. O abdômen trincadíssimo. Simplesmente um Deus. Não sei se o corpo dele era daquele jeito no mundo real, mas naquele mundo era assim que ele se apresentava. No meio das pernas… meu Deus, ali havia outro Deus. Aquilo era fruto de um mundo irreal criado por uma máquina maluca dentro de um sonho maluco. O substrato do substrato do meu sub consciente. Não tinha como aquilo ser real. Ele já veio de cacete duríssimo. Aquilo devia ter uns trinta centímetros e era muito grosso. Chegava perto do joelho. Tão imenso e grosso que era pesado. Uma mão não conseguiria fechar a empunhadura no contorno daquela espessura. A largura se mantinha da base até a cabeça, sem variações no caminho. A glande curiosamente tinha exatamente a mesma cor do resto do pênis. Bem no meio tinha uma curvatura consideravelmente sinuosa para a esquerda, fazendo com que a cabeça estivesse sempre próxima ao joelho esquerdo. 

Ele veio em direção a cama. Eu apenas conseguia contemplar seus movimentos. Eu estava sentado na cama, ele subiu na cama e ficou de joelhos do meu lado, tocou no meu ombro, senti o calor do corpo dele se espalhar pelo meu partindo da origem do toque. Por esse toque ele me conduziu para que eu deitasse novamente na cama. Ele segurou o instrumento entre as pernas com a mão direita, e colocou-o em cima da minha coxa direita. Eu nunca senti um pau tão macio e quente em toda minha vida. Parecia veludo. Então ele começou a esfregar a glande na minha coxa, como se quisesse me acariciar com a cabeça do pau. Ele passeou pela cama de modo que o penis dele pudesse acariciar meu corpo todo, como se o pau dele quisesse me conhecer pelo toque. Em alguns momentos tive a ligeira sensação de que a curvatura mudou de lado, como se a rola fosse articulada e tivesse vida própria, mas ignorei e apenas me permiti sentir.

Ele parou o seu passeio encostando a cabeça na minha boca. Botei tudo na boca até onde deu, mas as proporções daquilo eram tão avantajadas que eu só consegui ir pouca coisa depois da cabeça, não tinha como ir mais do que aquilo. A cabeça era tão quente e aveludada quanto o resto. Segurei o tronco com as duas mãos. Não tinha veias aparentes, embora estivesse totalmente rígido. Era liso, macio e quente. Não tinha como aquilo ser real, mas estava ótimo. De vez em quando eu tirava da boca e esfregava na cara para sentir mais um pouco daquela glande macia no meu rosto, depois voltava a mamar. Eu poderia passar horas naquela mamação. Eu poderia dormir abraçado com aquele pau todas as noites. 

Não sei quanto tempo passei chupando. Para minha surpresa, ouvi novamente o som do trinco da porta. Mais uma vez senti a espinha gelar. O que iria acontecer agora? Parei a chupação e olhei fixamente para a porta. Quando a porta se abre, surge outro! Outro rapaz do ônibus, o mesmo que eu estava chupando. Um clone? Um irmão gêmeo? Eu não tinha como saber, mas ali estava, outro Deus e já estava vindo em minha direção. Percebi uma única diferença, esse tinha o pau curvado para a direita, de modo que a cabeça estivesse sempre perto do joelho direito. 

O segundo veio em direção a mim e foi direto para a minha bunda, colocou minha perna esquerda para cima apoiada no seu ombro direito, enquanto minha perna esquerda continuava na cama. Ele pegou o seu megazord peniano e encostou a cabeça no meu cu. O primeiro segurou minha cabeça e encaixou o pau dele na minha boca novamente. O que estava no meu cu entrou com facilidade e sem lubrificante. Mais um indício de que aquele mundo tinha leis da física diferentes, um cacete daquele não entraria fácil em buraco nenhum na vida real.

Estava mamando vigorosamente o primeiro, o segundo ia empurrando cada vez mais seu membro dentro de mim. Deve ter entrado até pouco depois da curvatura, quando ele começou a me masturbar. Até a palma da mão tinha uma maciez que eu nunca tinha visto. Estava tudo tão maravilhoso, que nem percebi quando o cacete que estava no meu cu estava indo até o talo, quando finalmente entrou tudo, consegui confirmar mais um fato bizarro. A curvatura realmente se movia, girando e indo em direções diferentes dentro de mim. Agora eu estava dentro de um hentai, transando com dois Deuses idênticos cujo os penis tinham vida própria. 

Senti o exato momento em que os dois começaram a ejacular. Foi ao mesmo tempo, embora nenhum dos dois demonstrasse, seja pelo corpo ou pelos gemidos, a porra simplesmente começou a sair dos dois, lentamente, como uma torneira que se abre só um pouquinho. Senti a boca enchendo e eu fui engolindo o máximo que deu. No meu rabo sentia que também estava enchendo, em algum momento meu cu ia explodir de porra. De repente, senti um raio atravessando meu corpo. Como se meu sistema nervoso convulsionasse e então ejaculasse. Minha musculatura trincou. Acordei de um pulo, no meio da noite, muito suado e a cama completamente melada de porra.

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