Começou com um encontro casual no Birosca, na avenida 13 de maio. Eu nunca tinha visto ele sozinho lá. Mas nesse dia ele estava bebendo sozinho, sentado na parte mais ao fundo do bar, que os frequentadores chamam de quintal. Eu também estava só, mas eu costumo fazer isso as sextas feiras depois do trabalho. Foi meio que natural sentar na mesa onde ele estava. Levou 5 cervejas e uma porção de batata frita pra eu entender toda a história. E levou duas caipirinhas para decidirmos ir para outro lugar.
Estar sozinho com ele em um quarto de luz tênue a meia noite é algo que a alguns dias atrás seria um absurdo. Vez ou outra até esqueço que estamos em um quarto de motel. Mas quarto de motel tem cheiro de motel, luz de motel e clima de motel. Bem, isso não importa agora. O que importa é que ele está me esperando, nu, de frente para um espelho de corpo inteiro, uma das mãos apoiadas na parede e a outra segurando uma garrafa de vinho aberta. Ele olha pra trás e sorri pra mim, sorri um sorriso quase diabólico, como se dissesse, “pode vir, o show vai começar”.
O chão possui um carpete levemente aveludado. Um veludo macio que me faz ter a sensação de que estou pisando em penas de anjos. Só que o veludo é negro e estamos em um quarto de motel. Então talvez seja feita de anjos decaídos. O que me faz lembrar de outra coisa. Se ele não tivesse brigado com o namorado jamais estaríamos aqui. Vocês já transaram por vingança? É um negócio muito louco. Vem uma energia de não sei onde e você passa a noite inteira fodendo. Só para de manhã. É libertador.
A cama, onde estou sentado e observando-o, tem uma maciez daquelas que você afunda quando deita, quase como se você fosse se afogar na maciez do próprio colchão. Na hora que ele sorri para mim, eu pego um tubo de lubrificante, derramo um pouco na mão direita e vou até ele. Eu sei o que você está pensando agora, você acha que eu vou besuntar o pau de lubrificante e comer ele de frente para o espelho. Bem, é meio óbvio que eu vou fazer isso, mas não agora. Deixe-me explicar uma coisa, quando a comida é boa e diferente, você não simplesmente mistura tudo e engole. Você aproveita. Testa combinações diferentes no prato. Vai devagar para o gosto ficar bem marcado na lembrança.
Eu me ajoelhei atrás dele, com a pele do meu rosto eu passeei calma e tranquilamente pela pele da bunda dele. Passo o braço direito entre as pernas dele e minha mão vai buscar o seu pau. Começo a ordenhar o pau dele, sem pressa. Indo da base até a cabeça e depois voltando a base. Com a mão esquerda eu cravo os dedos no lado esquerdo da sua bunda, como uma águia crava as garras na sua presa. Afasto o lado da bunda para poder ter acesso ao seu cuzinho. Vou direto com a língua. Vocês perceberam que eu ainda não o descrevi? Foi de propósito. Estava esperando ficar com o meu focinho atolado no rabo dele para fazer isso.
O nome dele é Yuri, a pele dele é branca, daquele jeito que dá para ver as veias passando em alguns pontos do corpo. O porte físico é de um corredor, magrinho, compacto. Sem os exageros de um bodybuilder (nada contra, vocês sabem que eu adoro inclusive). O legal de gente magrinha é que tudo é duro. Se for um corredor então, a raba parece uma rocha. Ele tem duas grandes tatuagens nas costas, duas penas de pavão enormes, uma de cada lado. Começam logo abaixo do trapézio, percorrem suas costas e termina na bunda, uma de cada lado. A parte que termina na bunda é exatamente aquela parte da pena do pavão que parece um olho. As cores das penas na sua pele branca dão um efeito maravilhoso. Olhando desse ângulo privilegiado que estou agora, parecem até asas de anjo. O cabelo dele é loiro e crespo, do tipo que você só encontra no Brasil. Mas o melhor vem agora, seu cabelo está todo trabalhado com dreadlocks de lã multicoloridos. Multicoloridos com as cores do arco-íris. Yuri já passara da fase de perceber que é gay, passara da fase de negar que é gay, passara da fase de se aceitar como gay e já está na fase de ter orgulho de ser gay. E isso me dá um tesão da porra!
Vamos voltar ao que estávamos fazendo. Com o cu sendo chupado e o pau sendo ordenhado, senti o seu instrumento começando a se encher rapidamente. Ganhando força. Como o Hulk saindo de dentro do Bruce Banner. Comecei a me masturbar com a mão esquerda. Ele assiste tudo pelo espelho, e percebo que me ver me masturbando faz o pau dele se encher ainda mais. Ele levanta a garrafa de vinho que estava em sua mão direita, com cuidado derrama um pouco de vinho em suas costas, que escorre até chegar no seu cu e na minha boca. Cu e vinho é um combinação para poucos, é como rola e chocolate (depois eu conto essa história para vocês), é reservado aos paladares mais ousados, não é para todo mundo.
Ele põe a garrafa no chão e faz sinal para eu levantar. O pau dele estalando e babando de tão duro. O cu super lubrificado com a mistura da minha baba e vinho. Encosto a cabeça do meu pau no seu cuzinho e empurro devagar. Mais uma coisa que eu acho legal de gente magrinha, tudo é tãããããão apertado! É uma delícia! Mesmo com o cu super lubrificado com a minha baba e vinho ainda entra com dificuldade por conta do aperto, mas entra! Com a minha mão esquerda eu afasto os dreadlocks e vou direto no cangote dele. Ô coisa boa é macho do cangote cheiroso! A minha mão direita continua no pau dele, masturbando-o e comendo-o ao mesmo tempo. Fazendo movimentos longos. Afastando o meu quadril até quase tirar o pau de dentro. E depois empurrando tudo pra dentro de volta, e mesmo quando o meu quadril encostava na bunda dele eu continuava empurrando, com se quisesse colocar mais rola pra dentro, mesmo não tendo mais rola para isso.
Comecei a acelerar o ritmo. Com a mão direita, parei de fazer movimentos de masturbação e comecei a apertar e aliviar, o famoso capitãozinho. A cabeça do pau dele que era de um vermelho claro, quase rosado, agora começava a ficar de um vermelho sangue, parecendo um morango inchado e prestes a explodir.
Então sinto suas pernas tremer. Os pelos do braço se ouriçando, quase saindo faísca. Ele emite um gemido que quase parecia um grunhido. Então veio. Acho que foi o fato de eu estar apertando com força e depois soltando. Eu acabei prendendo bem na hora que ia sair, e quando eu soltei o resultado foi um jato que parecia uma mangueira de incêndio, fazendo por uma fração de segundo o som de um jato de água que sai com pressão. Fazendo uma bela sujeira no espelho a nossa frente. Agora tem vinho no carpete e porra escorrendo no espelho. O camareiro do motel vai ter um belo trabalho. Mas eu to pagando esse quarto é pra fazer putaria, não é pra rezar não. Se depender de mim, até a noite acabar vai tá tudo manchado de vinho e porra. E Yuri nunca mais vai voltar pro namorado dele.
*** FIM ***
E então meus amores, gostaram desse novo conto? Dessa vez eu tenho vários agradecimentos para fazer.
Dan Martins e Filipe Lobo, obrigado por estarem sempre me ensinando a ser um pouco mais veado. Sou eternamente grato.
João Paulo, pelas maravilhosas conversas que acabaram influenciando esse texto.
Bárbara Brant, também pelas maravilhosas conversas que de alguma forma também estão representadas nesse texto (bora se ver né miga?).
Fabrícia Diniz, por estar sempre lá quando eu preciso.