Esse texto é uma continuação, para ler a parte 1 clique aqui.
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– Boa noite Iago! Lembra de mim?
– Oi Silvio! O histórico da conversa está salvo, não tem como te esquecer!
– Entendi… E como você está? Tudo bem?
– Tudo é muita coisa, mas vou indo.
– Glória a Deus! Como está a sua agenda para a quinta-feira à noite?
– Até agora nada, você quer me levar para onde?
– Jóia! Nesta quinta feira às 19hs teremos um evento de aconselhamento na minha igreja, voltado para o público LGBTQIA+. Gostaria de saber se você tem interesse.
– Você vai estar lá?
– Sim.
– Então eu vou!
– Amém irmão.
– Me diz só o endereço.
– Fica na Rua da Glória, número 669 no bairro Tibira.
– É sério que existe uma rua chamada Glória e ainda tem uma igreja evangélica?
– Glória a Deus!
– Ok… Estarei lá.
– Blz! Quando chegar lá é só me procurar.
No dia e hora marcada, lá estava eu. O bairro fica na periferia da cidade. As ruas no geral estavam muito animadas e enfeitadas com decoração de natal, mas a igreja não possuía decoração nenhuma. O terreno da igreja era enorme em uma esquina, o templo era super luxuoso e havia várias estruturas ao redor além do templo, um salão de festas, um pequeno prédio de 2 andares com várias salinhas que lembravam uma escola e até mesmo uma casinha bem pequena, tudo interligado a estrutura do templo.
O fluxo de pessoas na igreja estava intenso nesse dia. Havia uma entrada que dava acesso a um espaço bem aberto ao lado do templo, coberto por um toldo bem alto, como se fosse uma quadra de futebol. Havia também uma outra entrada ao lado que dava acesso direto ao templo, mas essa estava fechada.
Ao entrar pela quadra, era possível ver algumas placas penduradas em suportes. Várias delas tinham “Aconselhamento para casais – Salas 1 e 2 – Térreo – 19hs”, outras tinham “Aconselhamento de vida – Salas 3 e 4 – Térreo – 19hs” e aqui e acolá era possível ver algumas placas com “Aconselhamento para comunidade LGBTQIA+ – Sala 5 – Térreo – 19hs”. Segui o fluxo de pessoas e me encaminhei para a sala 5. Todas as outras salas estavam lotadas e continuava chegando mais gente. Quando fui até a sala 5 e encostei a mão na maçaneta, algumas pessoas próximas nitidamente deram um salto, não sei se foi de espanto ou de medo.
Entrei na sala exatamente às 19:05 e lá estava ele, o Silvio. A sala se parecia muito com uma sala de aula realmente, com uma parte mais elevada na frente onde fica o professor, uma lousa e várias cadeiras em círculo contornando a sala. Fui ao encontro dele, antes de chegar perto ele estendeu a mão para me comprimentar, estendi a mão e ele me comprimentou com um vigoroso “Paz do Senhor Irmão!”, enquanto apertava minha mão bem forte. Esse aperto de mão já foi o suficiente para me deixar com tesão. A sala estava geladíssima, o ar condicionado truando, mas ainda assim Silvio parecia estar transpirando e até ligeiramente ofegante.
– Somos só nós dois. Você pode pegar uma cadeira e se sentar mais perto de mim. – Disse Silvio enquanto se sentava na única cadeira em cima do batente.
Sem questionar, peguei uma cadeira e deixei em frente a cadeira dele, perto o suficiente para que pudesse apoiar os pés no batente. Assim que me sentei, alguém bateu na porta da sala e entrou sem esperar resposta.
– Paz do Senhor Irmão!
– Paz do Senhor! Respondeu Silvio. – Todos pareciam gritar quando faziam esse comprimento.
– Silvio, hoje apareceu muita gente para o aconselhamento para casais, vamos precisar de mais uma sala, como lá em cima está em reforma e nessa sala só tem vocês dois, vocês se incomodariam de ceder essa sala?
– De forma alguma João! Que bom que temos lotação hoje, glória a Deus!
– Glória a Deus! Hoje não terá nenhuma atividade no templo, vocês poderiam fazer o aconselhamento lá.
– Oh benção! Vai ser ótimo! Vamos Iago!
Mais uma vez, apenas obedeci. Entramos no templo por uma entrada diferente, saímos bem na parte da frente, onde normalmente fica o pastor. Descemos até os bancos onde as pessoas sentam na hora do culto. As cadeiras eram idênticas às da igreja católica, compridas, de modo que coubesse muitas pessoas em um mesmo branco, de madeira e com aquele apoio na frente que dava para pôr os pés. Duas colunas desses bancos preenchiam o templo. Sentamos na coluna da esquerda, no segundo banco logo depois do palco. Não sei se pode chamar de palco, mas parece um palco.
Estávamos um do lado do outro, olhando para o palco vazio, ele colocou a bíblia que trazia na mão do seu lado esquerdo e eu fiquei do seu lado direito.
– Iago, você já teve alguma experiência com Deus?
– Graças a deus não.
– Porque?
– Não tenho muito interesse. Na real não sei se eu acredito muito nele.
– Mas Ele tem interesse em você e acredita em você.
Confesso que ele me deu uma rasteira com essa. Parece legal conseguir acreditar nisso. Pior que eu acho que ele percebeu. Talvez fosse até uma frase já pronta até. Passamos uns 10 segundos olhando o palco vazio, então o Silvio quebrou o silêncio.
– Você quer falar algo?
– Quero.
– Pois fale.
– Olhando assim não dá para perceber que você tem um cone de sinalização de trânsito dentro das calças né?
– De novo essa história?
Dei um risinho e intencionalmente, mas fingindo aleatoriedade, dei dois tapinhas no meio da coxa dele, mas de um modo que fosse mais para o lado interno da coxa do que na parte de cima. Para minha surpresa, senti toda a musculatura dele se contraindo no momento exato que minha mão encostava nele, mas não era só isso, tinha mais um volume ali além da coxa. Foi difícil de acreditar, mas não é como se eu já não soubesse o que era aquilo. A pica dele estava duríssima. Um fato que não podia ser negado, embora parecesse improvável, estava sim dura. Inegavelmente dura. Dura com potência. Dura com força. Dura com vontade, consciência e intenção de ser e ficar dura. Preso entre uma cueca apertada e a coxa, apontando para o joelho, como se tivesse sido colocada ali de castigo, mas factualmente estava duro. Talvez estivesse daquele jeito até por birra, por ter sido colocado de castigo, mas era inegável a rigidez em que se encontrava.
Ele tentou fingir que eu não tinha percebido. Tentou se afastar um pouco mas não conseguiu completar o movimento, acho que ele até tentou se afastar, mas deve ter imaginado que se ele se afastasse, estaria reconhecendo que eu percebi o fato. Ele pegou a bíblia, colocou em cima do colo e abriu em uma página aleatória, talvez tenha feito isso com a esperança de que a bíblia tivesse algum efeito relaxante para aquela musculatura petrificada.
– Tem algum trecho da bíblia que você goste? – Perguntou Silvio, nitidamente fazendo um esforço hercúleo para fingir normalidade e que nada tinha acontecido.
– Eu gosto de uma que diz assim: “Mamai-vos uns aos outros como eu vos mameis”
– Isso não tem na bíblia Iago.
– Mas no meu coração eu sinto como se tivesse. – Silvio passou uns 3 ou 4 segundos olhando incrédulo para a minha cara.
– Eu já fui como você Iago.
– Como assim como eu?
– Eu sou ex gay.
3 segundos de silêncio.
– Você é ex o que querido?
– Ex gay.
– Ex gay?
– Sim, ex gay.
– Tipo, você já curtiu caras, mas agora não curte mais?
– Nunca cheguei a ficar com homens, quando eu era adolescente, comecei a sentir atração pelo mesmo sexo, fiquei desesperado e procurei ajuda espiritual. Aceitei Jesus, pedi para que ele iluminasse minha vida e ele me deu uma esposa maravilhosa.
– Deu uma esposa mas o fogo na raba ele não tirou não né colega?
– Como assim?
– Você é ex gay mas tá com o pau durasso aí doido pra esfregar na minha cara.
– De onde você tirou isso?
Com a mão direita fui direto pro pau dele. Segurei firme, como se dissesse com o toque que eu queria e que estava tudo bem. Um toque de convite e ao mesmo tempo de conforto. Os punhos dele se fecharam, mas não sei se foi de excitação ou se era vontade de me espancar, talvez os dois. Deixei minha mão ali por uns cinco segundos, ele não tirou, apenas ficou imóvel. Os punhos dele se contraiam cada vez mais, expondo as veias no seu pulso grosso e o meu tesão vendo tudo isso só aumentava. Com a mão esquerda, peguei na mão direita dele e tentei abrir seu punho.
– Vai ficar tudo bem. – Falei quase sussurrando.
Olhei para o rosto dele, Silvio agora estava de olhos fechados e respirando muito profundamente, como se quisesse testar o limite do armazenamento de ar dos seus pulmões.
Não havia outro caminho a se seguir. Eu senti uma obrigação moral, quase espiritual, de resolver aquela situação para aquela alma aflita. Trazer paz e conforto para aquele corpo que somatizava tanto desejo e repressão em forma de contração muscular. Chupa-lo ali mesmo era inevitável. Olhei rapidamente para a entrada principal do templo para ter certeza de que estávamos sós. Olhei para o outro lado, em direção ao palco/altar. Bem no meio havia um crucifixo enorme, se a religião traz a paz de espírito aos homens, pensei, então que hoje eu seja o instrumento do poder divino!
Me ajoelhei de frente a ele. Abri o zíper rápido e lá estava. Um poderosíssimo cassete rígido, enjaulado na cueca apertada, talvez estivesse até furioso pela condição do encarceramento. Foi difícil tirar aquela coisa da cueca, mas já dizia o ditado, com carinho e cuspe tudo é possível. A fera presa agora pulsava livre, como um leão rugindo que acabou de sair da jaula. Como se não bastasse, percebi que o pau estava muito mais quente do que o resto do corpo. Parecia que de tanta energia acumulada e reprimida, uma parte acabou se convertendo em forma de calor.
Eu queria dar todo amor e carinho que aquele pau em formato de cone de sinalização de trânsito merecia, mas sabia que precisava ser rápido. Esfreguei as laterais do meu rosto no tronco, como se quisesse amansar aquela fera, depois lambi lentamente a cabeça com a ponta da língua. Silvio agora se contorcia, ainda resistindo ao prazer, mas claramente cedendo. Seu corpo começava a assumir uma outra linguagem corporal, saindo da posição defensiva e controlada, assumindo uma postura quase de ataque. Seu quadril começava a se contrair lentamente, levando a bacia para frente com movimentos muito pequenos e suaves. Eu conheço muito bem essa linguagem. É a linguagem da estocada. Seu quadril naturalmente executava a dança da estocada, mesmo que ainda de forma tímida. Empurrando seu pau para frente que agora começava a entrar lentamente na minha boca. Estava na hora de mamar de fato.
Peguei a mão direita dele, levei para a minha nuca e falei.
– Se eu não conseguir botar tudo na boca, você pode me ajudar empurrando minha nunca tá bom?
Silvio não respondeu nada, mas não foi preciso. Olhei para a rosto dele, agora totalmente possuído pelo desejo, uma entidade liberta após anos de aprisionamento, era possível sentir uma aurea emanando de Silvio, uma aurea de puro sexo. No estado em que Silvio estava, acho que continuaríamos a brincadeira mesmo se aparecesse alguém no templo.
Abocanhei-o finalmente, fazendo o clássico movimento de investida e recuada com a boca, inicia-se colocando a cabeça na boca, então começa a investida, quando chega no máximo em que a boca e a garganta aguentam, interrompe-se a investida e executa-se a recuada auxiliada pela sucção, quando chega novamente na cabeça, começa tudo de novo. Cada investida era uma tentativa de alcançar cada vez mais a base, tentando colocar tudo na boca, mas era impossível. A base era tão grossa, que se eu fosse até o final, fatalmente deslocaria o maxilar.
Devo ter passado uns 30 segundos na mamação, até que Silvio empurrou a minha nunca com uma mistura de fúria e desejo. A sorte é que a cabeça era bem pequenininha, passou facilmente pela garganta, mas a base quase estrompou a minha boca. As pernas dele tremeram nervosamente, então veio o jato, já direto na minha garganta, impiedoso, voraz, inundando com a minha garganta com força de uma tsunami. Era muito e era grosso. Aquela quantidade vindo direto na garganta é impossível de beber tudo. Bebi tudo o que podia, mas não parava de vir, parecia que não ejaculava a meses. Quando a mão dele perdeu a força na minha nunca, devido a potência do orgasmo, tirei minha cabeça de uma vez, mas ainda tinha porra para sair. Com o pau fora minha boca, completamente babando mas ainda absolutamente imponente, como quem acaba de quebrar suas algemas que a anos lhe prendiam, vi aquele cone pulsar uma última vez para expulsar um último jato. Como não queria ter o trabalho de ter que me limpar para ir pra casa, peguei a primeira coisa disponível para proteger o rosto. Era a bíblia, que ficou toda encharcada com aquela última onda.
Ficamos uns 10 segundos respirando, mas antes de recuperarmos completamente o fôlego, Silvio falou.
– Melhor você ir embora agora. – Eu nunca tinha visto ele tão sério, era outra pessoa.
Me levantei e encarei-o de cima para baixo, pois ele continuava sentado, o pau nervoso e enfurecido, agora dava sinais de calma e relaxamento, como um trabalhador que chega exausto em casa depois de um pesado dia de trabalho. Olhei fixamente para o seu rosto, mas ele desviava o olhar e mais uma vez brandou.
– Melhor você ir agora.
Mais uma vez apenas obedeci, saí pela porta da frente mesmo. Fui para parada de ônibus mas no fim das contas acabei chamando um transporte pelo aplicativo. Fui dormir pensando em Sílvio. Como será que ele está agora? Será que alguém viu? Ele conseguiu disfarçar tudo? Fui dormir preocupado, mas ao mesmo tempo com a alma aliviada, por ter sido um mensageiro divino da palavra da mamação.
Só tive notícias do Silvio novamente quase um ano depois.