Encarnacionalidade

Angústia doce
Tristeza agradável
Depressão amigável


Quando eu vim pra esse mundo eu trouxe esse fardo


Solidão divinal
Tormento espiritual
Vazio existencial


Trago de outros mundos traumas que nem Freud explica


Encontrei a rosa, tornei-me o espinho
Encontrei a vida, tornei-me a morte
Encontrei o fruto, tornei-me a serpente


De outras vidas,
trago todas as minhas feridas,
frutos de uma realidade aflita


Sereia no oceano do meu próprio sangue

6 Comments

  1. Muito bom o poema!! Apesar de que me trouxe uma reflexão triste :/
    Pensar que as marcas ruins e as feridas são tão mais profundas que as coisas boas ao ponto de ultrapassar encarnações… é uma agonia pesada, infinita e repetitiva

  2. Espero que vc:
    PROCURE A RESSIGNIFICAÇÃO,
    PRATIQUE ATIVIDADES QUE LHE DÊ PRAZER,
    FOQUE AQUILO QUE É BOM E RECONHEÇA O SENTIMENTO PRA MELHORAR UM DIA DE CADA VEZ… um dia de cada vez Felipe…

  3. Não tem saída.Todos nós trazemos uma bagagem completa.Aqui nós é quem decidimos o que fazer inclusive com nossas feridas…

Deixe um comentário

O seu endereço de email não será publicado. Campos obrigatórios marcados com *