Tito, um amigo de longa data, me chamou para beber no apartamento dele. Programação já conhecida, ele costumava fazer isso, vai umas 5 ou 6 pessoas, em alguns casos chegar a ir umas 10 pessoas, mas é raro pois o apartamento é pequeno. Cada um leva a bebida que quiser. Geralmente ninguém leva comida, que é comprada na hora em algum aplicativo de entrega quando bate a fome. A programação costuma variar entre videogame, jogos de tabuleiro, ouvir música e conversar. É o tipo de programação que eu adoro.
Era uma sexta à noite e eu cheguei por volta das 20hs. Quando cheguei já havia 5 pessoas na sala fora o dono do apartamento. Conhecia 3 das 5 pessoas, as outras duas eram um casal que nunca tinha visto. Deixei as cervejas que levei em cima do balcão da cozinha americana e fui cumprimentar todas as pessoas. Tive a ligeira sensação de que Tito estava sem graça quando o comprimentei, mas pensei que fosse coisa da minha cabeça, quando terminei o circuito social, fui até o balcão onde tinha deixado as cervejas, a fim de acomodá-las no congelador. No meio do trajeto até o balcão, bem no meio da sala, eu senti um cheiro que me fez congelar ali mesmo, impedindo de completar o percurso e parando ali mesmo, chamando atenção imediata de quase todos. Inclinei a cabeça para cima para tentar distinguir melhor, respirei lenta e profundamente. O cheiro vinha do corredor que dava acesso aos quartos e ao banheiro social.
– O que foi amigo? – Alguém perguntou, mas eu já estava praticamente em outra dimensão.
– Jhon? – Perguntei me virando para o corredor. Eu mal fechei a boca, a porta do banheiro se abre, ele sai e vem em direção a mim. Agora todos estavam atentos ao diálogo.
– Como tu sabia que era eu? – Perguntou João com um sorrisinho sínico.
– Reconheci pelo cheiro.
– Quer dizer que você ainda se lembra do meu cheiro? – o sorrisinho agora virou um sorrisão sínico.
– Você ainda usa o perfume que eu te dei.
– É verdade. – O sorrisão voltou a ser sorrisinho e ainda passou uns 5 segundos olhando no fundo dos meus olhos depois que falou. Finalmente se virou e foi sentar no sofá.
Só quando Jhon se virou para ir para o sofá foi que as outras pessoas voltaram às suas atividades e eu finalmente fui cuidar das cervejas, fingindo que não havia acontecido uma ceninha ao vivo para todos assistirem. Finalmente peguei alguma coisa para beber e sentei ao lado do Tito.
– Então coração, quando você iria me avisar? – Perguntei sem tentar chamar muita atenção?
– Amigo! Desculpa! Ele chegou aqui do nada pouco antes de você chegar, ele interfonou perguntando se podia subir e eu fiquei sem saber o que fazer. Eu ia te avisar, mas fiquei sem saber como falar e também fiquei ocupado dando atenção para as visitas.
– Tudo bem, vocês ainda mantêm contato?
– A gente se segue nas redes sociais, encontrei com ele no meio da rua aleatoriamente um dia desses e falei para ele aparecer aqui em casa qualquer dia, mas não tinha chamado especificamente para hoje não. Parece até que ele sentiu que tu vinha.
Não quis dar continuidade ao assunto e tentar falar de qualquer outra coisa. Tentei interagir com as outras pessoas também, até com o Jhon. Na madrugada, quando todos já estavam pelo menos levemente alcoolizados (e um pouco chapados) foi quando o Jhon mostrou a que veio. Algo em mim já estava esperando por isso no momento que o vi no apartamento do Tito. Sabia que esse momento chegaria. Eu estava sentado em uma ponta do sofá, mais próximo do balcão da cozinha. Ele veio e colocou um bombom de menta daqueles extra forte com embalagem preta, como se me oferecesse e foi em direção para um dos quartos.
Não raro, essas festinhas no apartamento do Tito terminam com algum casal transando, às vezes mais do que um casal. O apartamento tem 3 quartos, dos quais um é uma suíte, que é o quarto do Tito, o segundo ele usa como escritório e o terceiro, bem, é praticamente um quarto de motel. Ele até chegou a cogitar colocar um frigobar no quarto, mas desistiu porque era muito investimento só pros outros treparem, tendo em vista que quando que ele não usa o quarto-motel porque quando quer transar, usa o próprio quarto, de todo modo, Tito adora sentir que a casa dele é um grande puteiro. Acho que ele gosta de se sentir um grande cafetão, talvez sinta até algum prazer nisso.
Fui em direção ao quarto. Ninguém achou estranho. Todos que frequentam a casa do Tito já sabem o que acontece lá. Provavelmente todos já esperavam que eu e Jhon fossemos parar no quarto em algum momento. Se eu não estivesse meio bêbado e meio chapado eu não teria ido. O relacionamento com Jhon foi curto mas muito traumático, durou apenas 6 meses, o sexo era maravilhoso mas ele era extremamente abusivo e possesivo. Acho que só durou 6 meses por conta do sexo, se não fosse isso teria durado bem menos. Não me vejo, ou pelo menos não me via ficando com ele de novo. Só que quando se está meio bêbado e meio chapado, o fogo no cu fala mais alto.
Entrei e fechei a porta. Jhon estava sentado na cama me esperando. Em frente a ele, bem próximo a cama, havia uma cadeira, assim que fechei a porta, ele fez sinal para que eu sentasse na cadeira. A luz estava acesa, o quarto estava bem arrumado e cheirando a lavanda. Acho que Tito deu uma geral no quarto já pensando que talvez alguém fosse usá-lo naquela noite. Sentei bem de frente para ele, eu na cadeira e ele na cama, tão logo eu sentei ele me beijou, ao mesmo tempo que suas duas mãos avançaram nas minhas coxas, já bem perto do meu pau. Foi um beijo longo, agressivo e com vontade, daqueles que anunciam uma longa foda. Enquanto me beijava, as mãos dele subiam e desciam na parte interna da minha coxa, apertando e relaxando, como se ele masturbasse as minhas coxas. Jhon interrompeu o beijo de forma um tanto abrupta e puxou assunto.
– Tu já viu que tem um monte de sex toys aqui? – Jhon falou já abrindo a gaveta do móvel de cabeceira ao lado da cama.
– Sim, vários aí foram indicação minha inclusive. – Falei já esperando para ver o que ele queria.
– Eu queria experimentar isso aqui. – Jhon puxou uma algema brilhante da gaveta.
– Você nunca usou uma algema?
– Da forma que eu quero usar agora não – Ele já falou indo em direção às minhas costas.
Ele prendeu minhas mãos para trás com as algemas, de forma que eu fiquei preso a cadeira. Embora Jhon não merecesse toda essa confiança, eu estava disposto a ver no que ia dar. Lembro que quando namorávamos, ele me chupava até a minha alma sair pelo meu pau, depois me comia até socar minha alma de volta pelo meu cu. Eu estava meio bêbado e meio chapado, algemado e imobilizado em uma cadeira. Aquele beijo inicial e a lembrança do sexo com ele apenas fechou a conta dessa aposta. Eu queria muito ver o que ele pretendia fazer.
Quando ele voltou para minha frente já foi para ficar de joelhos. Abriu meu zíper e tirou minha bermuda sem cerimônia. Apalpou meu pau com a boca por cima da cueca e de vez em quando mordia levemente por cima até que eu ficasse de pau duro. Tirou minha cueca quando eu já estava duríssimo. Jhon se levantou e apagou a luz, a pouca luz que entrava pela janela vindo da iluminação pública deixava o quarto na penumbra. Ele se encaixou mais uma vez entre as minhas pernas e focou-se só na cabeça do meu pau, mamando a minha glande tal qual um bebê mama na teta da mãe. Não é todo homem que gosta de ser chupado assim, mas eu adoro e Jhon sabe muito bem disso. Em 5 minutos eu já estava quase chegando lá, mas, mais uma vez, Jhon sabia disso também, e no último instante antes de eu gozar, interrompeu tudo e se afastou abruptamente. Passamos uns 10 segundos nos encarando a meia luz, minha respiração arfando e meu pau pulsando.
Jhon pegou algum frasco que até então eu não tinha percebido que estava ali, depositou algumas gotas nas mão e esfregou. Subiu um cheiro forte de canela no quarto. Ele mais uma vez se encaixou entre as minhas pernas, mas dessa vez não caiu de boca, ele fechou as duas mãos deixando a cabeça do meu pau bem no meio das palmas. Lentamente foi esfregando as mãos, passando uma pela outra para frente e para trás, como se estivesse lavando as mãos, só que com o meu pau bem no meio. Senti a minha glande esquentando, não sei se pelo líquido que ele colocou nas mãos ou se pelo movimento. Talvez os dois. Ele começou a variar a velocidade e a alternar entre movimentos para frente e para trás e movimentos circulares, como se estivesse modelando uma bolinha com a cabeça da minha rola. Aos poucos ele foi aumentando a velocidade e mais uma vez eu estava chegando no orgasmo. Ele sabia exatamente como a minha excitação se desenvolvia, quando eu estava muito perto de ejacular, novamente ele parou tudo. Agora eu arfava ainda mais do que antes, o meu pau em tempo de explodir. O desgraçado agora olhava pra minha cara e ria.
Quando a minha respiração já estava voltando ao normal, mas com o meu pau ainda latejando de vontade, ele novamente se encaixou nas minhas pernas. Dessa vez ele segurou o meu pescoço com força com a mão esquerda e começou a apertar, enquanto a mão direita me masturbava com afinco. Em pouquíssimo tempo eu já estava à beira da ejaculação e novamente o desgraçado interrompeu tudo.
– Deixa eu gozar. – Jhon fingiu que não ouviu e tornou a executar o movimento de esfregar as mãos com a minha glande no centro.
– Deixa eu gozar pelo amor de D – PLAFT! Jhon me deu um tapa tão forte que fiquei desorientado.
– CALA A BOCA! QUEM TÁ NO COMANDO SOU EU! – Ele falou olhando no fundo dos meus olhos e em seguida caiu de boca no meu pau.
Dessa vez ele não ficou só mamando a cabeça, abocanhou tudo com gosto. Em menos de um minuto eu já estava na iminência de ejaculação.
– EU VOU GOZAR! – Falei como aviso mas era quase uma imploração.
Jhon parou tudo novamente e foi com tudo para me dar mais um tapa. No momento exato que a mão dele estalou na minha cara, o meu pau explodiu em uma ejaculação que eu nunca tinha soltado antes, pegando nós dois de surpresa. Deve ter saído meio litro de porra em um jato com uma força que eu não sabia que era possível. Atingiu a cara do Jhon em cheio, mas devido a força e ao volume, espirrou para todos os lados, incluindo em mim, a estante e a tv atrás de mim e talvez até o teto. Foi a maior esporrada que tive na vida. Tudo ficou encharcado, o quarto, Jhon e eu. Ficamos alguns segundos contenplando aquela bela pintura de porra e caímos na gargalhada, mas eu fiquei tão exausto depois disso que até para rir estava sem forças. Depois da crise de risos, Jhon se limpou com um lençol e foi em direção a porta.
– Ei!
– Oi.
– Me tira daqui!
– Não. – Fechou a porta e saiu.
Eu achei que ele estava brincando e fiquei esperando ele voltar e me soltar, mas estava tão cansado que adormeci sem perceber. Acordei de madrugada com Tito abrindo a porta e ligando a luz.
– Mas que porra que aconteceu aqui? Tito perguntou já rindo mas com uma expressão de incredulidade, contemplando o quarto com cheiro de canela, a pintura de gala seca para todo lado e eu preso por uma algema na cadeira e sem as calças.
– Tito, me tira daqui pelo amor de Deus! – Falei virando o rosto em direção a porta, a cara toda pintada de gala seca e desnorteado pela luz e pelo sono.
Por sorte eu e Tito somos muito amigos.