Se você é cearense provavelmente você não se lembra a primeira vez que viu uma garrafa de cachaça (o famoso lidicana) ou a primeira vez que viu uma meiota de cachaça (o também famoso celular de cana). É como se você já nascesse com essa memória, sabendo o que é cachaça, sua aparência e seus efeitos. Mas existe um motivo para isso, o cultivo da cana de açúcar foi de extrema importância para o Brasil no período colonial, e a história do cultivo da cana mistura-se com a história do Brasil de um modo geral. Os derivados da cana tornaram-se parte da cultura local, especialmente na região Nordeste, onde se iniciaram os primeiros engenhos de transformação da cana, que produziam principalmente açúcar, cachaça e rapadura.
#cachaçaTambémÉCultura
(fonte: gq.globo.com – As 5 cachaças mais caras do Brasil)
Então nada mais justo do que um museu dedicado a cachaça não é mesmo? Claro! E nesse fim de semana eu, a Fabrícia e a Renata fomos conhecê-lo. O museu da cachaça é uma das atrações do Ipark que fica na Fazenda Ypióca em Maranguape, e pelo nome da fazenda já dá pra entender que o museu na verdade é o local onde a empresa Ypióca iniciou suas atividades em 1846, e obviamente ele se foca em contar a história dela. Como a empresa iniciou suas atividades ainda no século XIX, a visitação ao museu oferece uma boa viagem no tempo e é possível entender toda a evolução dos processos de produção da cachaça, e também do posicionamento da marca no decorrer dos anos.
(Reconstrução cenográfica de uma moenda do período da escravidão. Fonte: Barco Furado)
(Cartaz promocional de 1929. Fonte: Barco Furado)
O museu é enorme e a visitação guiada dura em média 45 minutos. Mas o museu é só uma das muitas atrações do Ipark.
(Mapa do Ipark. Fonte: ipark)
A entrada do parque custa R$ 32,00 a inteira e R$ 16,00 a meia, e dá direito a visita ao Museu da Cachaça, Passeio de Jardineira e uma dose de cachaça (válida somente para maiores de 18 anos). Pagando a entrada você tem acesso a todas as partes do parque (que se divide basicamente em Campo de Lazer e Campo de Aventura), que é belíssimo e é tudo muito bem cuidado e preservado.
(Campo de Lazer. Fonte: ipark)
O campo de aventura é onde ficam os brinquedos, cada brinquedo tem seu próprio preço para brincar por um determinado tempo (que em geral variam de 5 a 10 minutos), mas existe a opção de comprar a pulseira aventura, que custa R$ 62,00 e dá acesso ilimitado a todos os brinquedos (que na minha opinião é o que vale mais a pena, especialmente pra criançada), logo já podemos fazer um levantamento de quanto é preciso pra aproveitar o parque ao máximo:
Inteira: R$ 94,00 (R$ 32,00 da entrada + R$ 62,00 da pulseira aventura)
Meia: R$ 78,00 (R$ 16,00 da entrada + R$ 62,00 da pulseira aventura)
Lembrando que isso não inclui almoço e água, então se você pretende almoçar no restaurante do parque (que é ótimo por sinal) e não passar sede, você vai gastar mais ou menos uns R$ 50,00 além do valor da entrada.
Todas as atividades que eu fiz no campo aventura foram ótimas, mas eu não consegui fazer tudo, simplesmente não deu tempo.
(Campo de Aventura. Fonte: ipark)
Houveram apenas duas coisas que eu senti falta, a primeira foi o brinquedo Aquaball, que sempre aparece nas propagandas do parque, mas que estava em manutenção no fim de semana que fomos, a segunda foi na lojinha do museu (que é bem bacana por sinal), eu pretendia comprar um copinho de dose de cana da Ypióca ou do parque, mas me deparei com a clássica situação do tem mas tá faltando.
Pra finalizar, fiz um pequeno vídeo com algumas imagens que fizemos na nossa visita ao parque (nada muito elaborado):
Queria fotos para fazer uma maquete